O G. já está connosco há 18 dias. Nasceu um mês antes. 35 semanas e 3 dias.
Para mim foi o meu primeiro grande teste de pressão como mãe. Íamos a uma consulta. Tinha pouco liquido amniótico e a médica obstetra mandou vigiar 2 vezes por semana. Aquelas palavras ainda ecoam na minha cabeça... "Este bebé tem que nascer hoje." A primeira hora e meia fiquei em pânico, nervosa. Mas consegui acalmar-me por ele, estive a soro, esperei, até que fui para o bloco. Cesariana. Ouvi-o chorar, não o vi. Não mo puseram no peito. Vi-o embrulhadinho num lençol verde, aqueles olhinhos, a nossa ligação para sempre. Dei-lhe um beijo, toquei-lhe na carinha e levaram-no. Foi para a incubadora. Nasceu com quase 2300g e precisava de ajuda para respirar de forma que os seus pulmões prematuros não fizessem esforço em demasia. Dormi sem ele. Acordei sem ele. Vi-o por fotografias. Até lhe tocar o tempo foi eterno. Vi-o e chorei. Toquei-lhe. Até lhe pegar no colo passaram 4 dias. O pai pegou primeiro. Eu mudei a primeira fralda, dei o primeiro biberão de leite. Cada vez que olhava para ele imaginava-o no meu colo, via cada sitio em que me apetecia dar-lhe beijos. Na cara, no pescoço, no peito... 9 dias depois viemos para casa. É um bebé calminho... O maior amor do mundo!
Um sentimento que não se explica.
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